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Dispepsia: a doença da má digestão

A digestão é o mecanismo que processa os alimentos ingeridos,

 

Não tem como evitar: a má digestão é velha conhecida daquelas pessoas que abusam da alimentação pesada. Isso em qualquer estação. Basta um prato de feijoada condimentada ou o exagero no consumo de bebidas alcoólicas para o mal-estar atrapalhar um dia de trabalho ou mesmo de descanso. É difícil encontrar alguém que nunca sentiu dores abdominais, estômago pesado ou sensação de mal-estar depois de uma alimentação inadequada. Esses sintomas podem indicar problemas na digestão dos alimentos ou maus hábitos alimentares. Segundo a endocrinologista Roberta Frota, dispepsia é o termo usado para caracterizar o quadro clínico de dor e queimação na região do estômago ou esôfago, também conhecida por má digestão. “Em alguns casos, a dor é tão forte que pode ser confundida com angina e infarto”, revela. Para evitar tal desconforto, bons hábitos alimentares devem ser mantidos, evitando-se o consumo exagerado de frituras, mastigando bem os alimentos ou moderando no consumo de bebidas alcoólicas. A digestão é o mecanismo que processa os alimentos ingeridos, formados por moléculas de carboidratos, gorduras e proteínas. O processo começa na boca e termina no intestino, envolvendo a saliva, o suco gástrico, a bile e as enzimas. “A má digestão pode resultar, por exemplo, no retardo no esvaziamento gástrico, prejuízo causado pela má acomodação dos alimentos ou estresse”, conta Maria Tereza Nunes, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM). Hábitos saudáveis Os especialistas garantem que não há doente com boa digestão. Ela é uma das atividades orgânicas mais importantes. O sistema digestivo doente dá origem à ofensiva causadora de um percentual significativo de alterações fisiológicas. O resto fica por conta dos fatores mentais e emocionais. Por isso, é preciso cultivar a saúde com hábitos saudáveis no dia-a-dia, afinal o restabelecimento da saúde e sua manutenção dependem da qualidade e pureza do sangue, indispensáveis à vida e longevidade.

 

Maria Tereza Nunes comenta que só se adquirem esses atributos mediante uma vida regrada e alimentação natural cuidadosamente escolhida, corretamente produzida, consumida na quantidade adequada, devidamente mastigada e digerida. “Aquela máxima de que somos o que comemos é a pura realidade”, reconhece a médica. Com efeito, a alimentação inadequada tem levado aos índices assustadores de pessoas com distúrbios digestivos. Prevenção Dados da SBEM atestam que mais de 90% da população sofre as conseqüências da má digestão. Por herança genética, os sintomas têm início na infância e se manifestam em forma de refluxo, colite, desarranjo intestinal e outras disfunções, que causam sérios prejuízos ao corpo no tocante ao seu desenvolvimento geral, incapacitado de absorver nutrientes. Assim, vitaminas, proteínas e sais minerais, que constituem a nutrição, deixam de ser incorporados ao organismo, podendo levar aos distúrbios. Os nutricionistas esclarecem que o organismo só se nutre se houver digestão. Caso contrário, o alimento se degenera e se transforma em gases, ácidos e outras substâncias venenosas que prejudicam a saúde. “Uma pessoa que segue uma alimentação equilibrada, pratica exercícios regularmente, não ingere bebidas alcoólicas, não fuma e mantém o peso adequado, geralmente tem a digestão normal”, diz Roberto Frota. Portanto, quem está acima do peso, alimenta-se mal, ingere com freqüência gorduras e frituras, condimentos, conservantes, álcool, bebidas gasosas, é fumante e sedentário, pode apresentar queixas freqüentes de dispepsia. Adotar algumas medidas simples no dia-a-dia pode auxiliar na prevenção desse problema, que pode surgir como reflexo de uma vida agitada. Desconfortos do aparelho digestivo * Dores abdominais * Desconforto * Queimação (azia) * Distensão abdominal (estufamento) * Sensação de estômago cheio * Sensação de refluxo * Gases * Eructações (arrotos) * Vômitos e náuseas Para uma digestão adequada * Mastigue os alimentos devagar * Evite alimentos gordurosos e frituras * Faça as refeições em horários regulares * Não exagere nos líquidos durante as refeições * Não se alimente com exagero antes de ir se deitar * Evite exageros à mesa Fonte: O Estado do Paraná – PR

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